Setor de Treinamento provisório da A.I.A.M.

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quinta-feira, 24 de abril de 2008

Estado de Choque

Sinais e sintomas
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão turva, pulso rápido e fraco, semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas ou vômitos.

O que fazer
1 - Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades.
2 - Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) se possível com as pernas elevadas.
3 - Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
4 - Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar puro, ou oxigênio, se possível.
5 - Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá.

O que pode causar
Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao calor ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas

Desmaio

Pode ser considerado um leve estado de choque.

Sinais e sintomas
Palidez, enjôo, suor constante, pulso e respiração fracos.

O que fazer
1 - Colocar a vítima em Posição lateral de segurança com as pernas elevadas.
2 -
Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.
3 - Desapertar as roupas que estejam apertadas.
4 - Nunca se deve dar de beber a uma pessoa desmaiada! Apenas quando recuperar o conhecimento (quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).

O que pode causar
Emoções súbitas, fadiga, ar sufocante, dor, fome ou nervosismo.

Parada Respiratória

Como detectar:
Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve parada respiratória.

Como fazer a respiração artificial ou de socorro:
Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário.

Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na freqüência de 12 a 15 vezes por minuto (aproximadamente 1 insuflação de 5 em 5 segundos).


Durante a insuflação deve verificar-se se a caixa tóraxica se eleva indicando nesse caso que a via respiratória se encontra livre.
Em certos casos, por exemplo, na presença de vómitos ou de lesões na cara, a insuflação pode ser praticada através de um lenço ou qualquer pedaço de pano colocado sobre a boca do acidentado.
Se a existência de lesões na cara, ou outros motivos, não permitirem praticar a respiração boca a boca, insuflar-se-á o ar pelo nariz. Neste caso, coloca-se uma mão uma mão sobre a sua fronte para manter a cabeça inclinada para trás, e com a outra tapa-se a abertura bocal. Para não lhe comprimir as asas do nariz, abre-se a sua boca ao máximo.
Quando se suspeitar que existe uma lesão das vértebras cervicais, procura-se fazer com que as vias respiratórias fiquem livres elevando com cuidado o maxilar da vítima, introduzindo-lhe o polegar na boca ou pegando-lhe pelo ângulo do queixo.
Com crianças pequenas
Deitar a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás. Levantar o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o nariz da criança e soprar suavemente até que o pumão dela se encha de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e repita o método com o ritmo de 15 respirações por minuto. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar.

Cuidados:
Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar. Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo após recobrar a consciência. São aconselháveis café ou chá. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima quando ela se recuperar.

O que pode causar:
Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio. Procedimento: remover a vítima para local arejado e fora de perigo de contaminação. Em seguida, aplique a respiração artificial pelo método boca-a-boca.
Afogamento Procedimento: retirar a vítima da água. Inicie a respiração artificial imediatamente assim que ela atinja local plano, como por exemplo, no próprio barco. Agasalhe e comprima o estômago, se necessário, para expulsar o excesso de água.Sufocação por saco plástico Procedimento: rasgar e retirar o saco plástico, depois iniciar a respiração boca-a-boca.
Choque elétrico Procedimento: não tocar na vítima até ter a certeza que ela não está mais em contato com a corrente. Pode-se desligar a tomada quando possível ou tentar afastar a vítima do contato elétrico com uma vara ou algo semelhante que não seja condutor elétrico. Em seguida inicie a respiração artificial.
Abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça e envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos Procedimento: iniciar imediatamente a respiração boca-a-boca. Soterramento Procedimento: fazer respiração boca-a-boca vigorosamente, evitando novos desmoronamentos. Tentar liberar o tórax da vítima.
Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto Procedimento: desobstruir as vias aéreas e iniciar a respiração artificial.

Parada Cardiaca

Sinais e sintomas
Ausência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais a acção deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento.

O que fazer
Aplique a massagem cardíaca externa.

Como fazer a massagem cardíaca
Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana e dura. As mãos do atendente de emergência devem sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral. Em seguida, descomprima. Repetições: quantas forem necessárias até a recuperação dos batimentos. É recomendável a média de 60 compressões por minuto.

Cuidados
Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Se houver parada respiratória juntamente com a cardíaca ambas devem ser realizadas, reciprocamente.

O que pode causar
Choque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações alérgicas graves Afogamento.




Ataque cardíaco
Sinais e sintomas
Dor, respiração, suores, vômitos e outros sinais.

O que fazer
Mantenha a pessoa sentada ou deitada, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio, não tente transportá-lo sem ajuda ou supervisão médica. Somente dê algum medicamento se a vítima se ela já faz uso e costuma tomar em emergências.

Situações Vital

Que fazer em caso de acidente
• Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.
• Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo).
Quando não fôr estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!
• Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e usar o colete de sinalização.
• Caso haja necessidade de chamar uma ambulãncia deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar um ferido sózinho.
• Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido.
• Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.
A - Paragem respiratória - desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.
B - Hemorragias - colocar o ferido numa posição correcta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.
C - Estado de choque - tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; protecção do frio.



Na maioria das situações, excepto nos casos de suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS).
Posição Lateral de Segurança

1 - Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a respirar, para a posição lateral de segurança, o que impedirá que sangue, saliva ou a língua obstruam as vias respiratórias.
2 - Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima.
3 - Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais afastada.
4 - Vire a vítima de bruços, puxando-a rapidamente para si e amparando-a com os joelhos.
5 - Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.
6- Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo.
Quando há fractura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desimpedidas.



Os 10 mandamentos do socorrista

1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento).

Transporte Vitima

Antes de providenciar a remoção da vítima
Controle hemorragias e respiração.
Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas.
Evite e/ou controle o estado de choque.
Providencie uma maca.

Durante a remoção ou transporte
Em caso de ter que levantar o indivíduo, todo o seu corpo deve ser imobilizado e em particular a cabeça.
Para conduzir a um local seguro, puxe a vítima pelos pés, protegendo a cabeça ou pela cabeça.
Ao levantar uma vítima de acidente, proceda com os cuidados adequados, preservando a integridade da coluna cervical, solicitando sempre a ajuda de uma ou duas pessoas presentes.
No caso de dois ou mais socorristas para o transporte, podem ser utilizados os métodos de apoio, de cadeirinha, em cadeira, em braço, nas costas, ou pela extremidade, conforme as condições do local.
Poderá usar-se uma manta para servir de maca. Nesse caso, ao levantá-la terá de se manter a cabeça da vítima em cima e esticar-lhe as articulações das ancas e dos joelhos para lhe manter as costas e os braços direitos.

Como fazer uma maca: Abotoe duas camisas ou enrole-as sobre duas varas ou bastões resistentes.


Nota: não sendo estritamente necessário não deverá transportar a vítima.

Resfriamento

Observe os sinais: Limitação dos movimentos dos membros, palidez facial, pele fria, cianose, lábios e extremidades, dores articulares semiconsciência e vertigens. A vitima começa a tiritar e sente-se cansada, deixando-se dominar pela apatia, fica tensa, o sono torna-se leve e ofusca-se-lhe o conhecimento. Abaixo dos 30º , a temperatura do corpo influi na respiração e na actividade do coração e constitui uma ameaça directa contra a vida.

O que fazer: Deve manter-se a vítima activa tentando aquecer a parte atingida com um banho morno, roupas quentes, exercícios, etc. O calor do corpo deverá ser recuperado lentamente, por exemplo usando mantas.
Dar bebidas quentes como chá, café ou leite se a vítima tiver consciente.
Se a vítima perder o conhecimento deverá ser colocada na posição lateral de segurança .
No caso de paragem respiratória praticar respiração artificial boca a boca imediatamente.
Procurar auxílio médico rapidamente.

Picadas

Gravidade: Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de vida se não forem imediantamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves.

O que fazer: Retire o "ferrão" do inseto. Pressione o local. Aplique gelo ou lave em água fria. Procure socorro médico.

Picadas de escorpião, centopeia e aranha

O que fazer: Procure um médico imediatamente. Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico, se possível dentro da primeira hora da mordida. Coloque compressa de álcool sobre o local da picada. Aplique também gelo ou compressas frias. Mantenha a vítima em repouso.

Picadas de abelha e vespa

O que fazer: Humedecer a picada com desinfectante.
Se o inchaço fôr muito grande ou se produzirem problemas respiratórios ou cardíacos (caso que sucede raras vezes) o médico deverá ser chamado.

Picadas de carrapato

O que fazer:Ao picar ele fica preso, pelo que se deve esfregar com petróleo ou azeite até se soltar. Se nao, "desenrosca-se" em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.

Queimaduras

O que são: Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura.

Gravidade: Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.

O que pode causar: Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos super-aquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infra-vermelhas e ultra-violetas e eletricidade.

Classificação das queimaduras:
1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida
3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.

Gravidade: O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).

O que fazer: Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar contaminação.

Pequenas queimaduras

Atingem menos de 10% do corpo.
O que fazer: Lavar com água em abundância.

Grandes queimaduras (atingem mais de 10% do corpo)

O que fazer:
Colocar um pano bem limpo e humedecido (não fure as bolhas, evite tocar a área queimada).
Prevenir o estado de choque
Levar a hospital.

Queimaduras químicas (Ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos)

O que fazer: Pequenas - Lavar o local com água corrente. Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.

Cuidados: Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas existentes, nem toque com as mãos a área afetada.

Queimaduras nos olhos

O que pode causar: Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.

O que fazer: Lavar os olhos com soro fisiológico. Venda-los com gaze humedecida e levar ao médico com urgência.

Nota sobre incêndios nas pessoas
O fogo deve ser extinto imediatamente. Se não houver extintor à mão, deve-se usar um cobertor ou algo semelhante. A água é boa extintora salvo nos incêndios de produtos que contenham óleos ou derivados do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou derivados devem ser retiradas assim que possível.
Quando se incendeiam as roupas: devem apagar-se rapidamente com água. Quando não houver água à mão, a vítima deve rebolar-se pelo chão, apagando-lhe o fogo com um cobertor ou algo semelhante. Deve proteger-se o rosto das chamas. Nunca se deve correr com as roupas a arder

Mordidas

Mordidas de cobras

Gravidade: Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.

O que fazer: Deite a vítima e evite esforços desnecessários, pois o estímulo da circulação sanguínea espalha pelo corpo o veneno. Aproveite os primeiros 30 minutos para chupar o sangue local e sugar o veneno ou faça compressões com as mãos no local da mordida. Se não houver sangramento, tente retardar a circulação sanguínea. Aplicar compressas frias sobre o local da picada e conduzir imediatamente para o médico.


Cuidados: Evite que a vítima caminhe. Após 30 minutos a única solução é o encaminhamento médico. Arames, cordas ou barbantes não devem ser utilizados como garrote. Tente levar a cobra para identificação no hospital.

Diferenças entre venenosas e não venenosas: Venenosas – possuem fosseta lacrimal, cabeça triangular, olhos pequenos, cauda afinando abruptamente, escamas com desenhos irregulares, 02 presas no maxilar superior. Não venenosas – têm cabeça arredondada, olhos grandes, cauda longa e afinando gradativamente, dentes pequenos e mais ou menos iguais, não tem fosseta lacrimal.


Mordidas de animais raivosos

Cuidados: Quem for mordido por um animal deve suspeitar de raiva e mantê-lo em observação até prova em contrário. (10 dias). Mesmo vacinado o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as mordidas de animais devem ser vistas por médico.

O que fazer: Lave a ferida imediatamente com água e sabão. Pincele com mercúrio-cromo ou outro. Encaminhe a um médico.

Intoxicações

O que é: Intoxicação grave causada por produtos nocivos ao organismo, como drogas, gases, ervas venenosas, produtos químicos, comidas diferentes, etc.

Observe os sinais e sintomas Hálito característico, observar cor das mucosas, dor abdominal, dor ou sensação de queimadura na boca e garganta, tonturas, etc. Verifique se há possíveis produtos químicos ou drogas, nas proximidades da vítima. Ou vestígios de folhas venenosas nas extremidade bucal

Venenos Ingeridos

O que fazer: Provoque o vômito. Dê o Antídoto Universal: duas partes de torradas queimadas, uma parte de leite de magnésia, uma parte de chá forte. Mantenha a vítima agasalhada. Respiração de Socorro (método Sylvester). Leve ao médico ou hospital o recipiente com restos do veneno ou o rótulo. Ao ligar para a assistência médica, tenha todos os dados da ocorrência: hora da ingestão, idade da vítima, como ela se encontra no momento e se possível o nome do produto ingerido não se esquecer de caneta e um papel para anotar possíveis condutas imediatas a serem feitas.

Cuidados: Não provoque vômito se a vítima tiver ingerido: soda cáustica, derivados de petróleo, como querosene, gasolina, líquido de esqueiro, removedores, ou ainda ácidos, água de cal, amônia, alvejantes de uso doméstico, tira-ferrugem, desodorante de banheiro. Não deixe o indivíduo ingerir álcool, azeite ou óleo. Evite que ele ande.

Casos particulares
Medicamentos

Dar de beber - provocar o vómito, a não ser que a vítima tenha perdido o conhecimento ou tenha cãibras.
Dar-lhe um preparado à base de carvão vegetal.
Levar ao médico.

Derivados do petróleo
, lixívia ou ácidos
Não se deve provocar o vómito.
Dar nata, leite ou gelado à vítima.
Levar ao médico

Venenos Aspirados

Observe os sinais: Palidez de pele, cianose de lábios, falta de ar, perda dos sentidos.

O que fazer: Arejar o ambiente e aplicar respiração pelo método de Sylvester.
Remova imediatamente para um hospital.

Casos particulares
Intoxicação por monóxido de carbono
Pode ser produzido por gás de iluminação ou pelos gases de escape dos motores. É uma asfixia produzida pela combinação do monóxido de carbono com a hemoglobina, a qual não pode efectuar o seu transporte normal de oxigénio através do sangue.
O intoxicado deve ser removido para o ar livre e despoluído e deve-se facilitar-lhe a respiração.
Intoxicação por gás
Levar a vítima imediatamente para o ar livre
Fechar a torneira de passagem de gás.
Abrir portas e janelas.
Em caso de paragem respiratoria, praticar respiração boca a boca.
A vítima deverá repousar e ser transportada para o hospital.
Neste caso o socorrista deverá usar, se possível, uma máscara de gás e ter o cuidado de evitar explosões.

Envenenamento através da pele

O que fazer: Lavar abundantemente por 15 minutos em água corrente. Poderá usar sabão.

Contaminação dos olhos

O que fazer: Lavar com água ou soro fisiológico mantendo as pálpebras abertas até chegar ao Hospital.



Em qualquer suspeita de intoxicação deverá:

1 - Ligar (CIAV) Centro de Informação Anti-veneno (21 795 01 43 / 21 795 01 44 / 21 795 01 46 )
A qualquer hora do dia ou da noite será atendido por pessoal médico que lhe indicará as medidas a tomar em cada caso
2 - Manter a calma e preparar-se para responder às questões que lhe forem colocadas.3 - Procure sempre saber
Quem? (homem, mulher, criança)
O quê? (qual o produto em causa : medicamento, pesticida, detergente, planta etc.)
Como? (foi ingerido, inalado, atingiu a pele, olhos,...)
Quando? (há quanto tempo aconteceu?)
Quanto? (qual a quantidade?)
Estado do doente? (consciente, sonolento, vómitos, dor, etc.)
3 - Siga rigorosamente as instruções que lhe foram dadas pelo médico.

Hemorragias

A perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo - veia ou artéria.
Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em minutos. Não perca tempo!

Estanque a hemorragia
- Use uma compressa limpa e seca: de gaze, de pano ou mesmo um lenço limpo elevando a parte do corpo que sangra.
- Coloque a compressa sobre o ferimento
- Pressione com firmeza
- Use atadura, uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha a mão para amarrar a compressa e mantê-la bem firme no lugar
- Caso não disponha de uma compressa, feche a ferida com o dedo ou comprima com a mão evitando uma hemorragia abundante
- Pontos de pressão - calque fortemente, com o dedo ou com a mão de encontro ao osso, nos pontos onde a veia ou a artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis de decorar, desde que você os observe com atenção.
- Se o ferimento for nos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia será¡ controlada mais facilmente levantando-se a parte ferida.
- Se o ferimento for na perna - dobre o joelho. Se o ferimento for no antebraço - dobre o cotovelo. Mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

Atenção
Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de amputação ou esmagamento de membros e só podem ser colocados no braço ou na coxa.

Como fazer um torniquete
- Use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outos materiais muito finos ou estreitos que possam ferir a pele.
- Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do ferimento.
- Dê um meio nó
- Coloque um pequeno pedaço de madeira no meio nó
- Dê um nó completo sobre a madeira.
- Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia. Fixe o pedaço de madeira.
- Marque com lápis, batom ou carvão na testa ou em qualquer lugar visível da vítima, as letras "TQ" (torniquete) e a hora.
- Não cubra o torniquete.
- O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se houver somente um socorrista e a vítima necessitar de outros cuidados importantes.
- Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em caso de necessidade.

Atenção
A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para reestabelecer a circulação, reapertando a seguir caso prossiga a hemorragia. Ao afroxar o torniquete, comprima o curativo sobre a ferida.

Enquanto estiver controlando a hemorragia, proceda da seguinte forma: Mantenha a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão frio.

Fraturas e Lesões

Em caso de fratura, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando maiores danos.
Existem 2 tipos de fraturas:

Fechadas: Quando o osso quebrou-se, mas a pele não foi perfurada.
Expostas: Quando o osso está quebrado e a pele rompida.

Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não possua aparência ou função normais ou quando haja dor no local atingido, incapacidade de movimentar o membro, posição anormal do mesmo ou, ainda, sensação de atrito no local suspeito.

Fracturas fechadas

O que fazer: Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, sem desconforto para a vítima. Imobilize a fratura, movimentando o menos possível.
Ponha talas sustentando o membro atingido. As talas deverão ter comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura. Qualquer material rígido pode ser empregado, como: tala, tábua, estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um jornal grosso e dobrado. Use panos ou outro material macio para alcochoar as talas, a fim de evitar danos à pele. As talas devem ser amarradas com ataduras, ou tiras de pano não muito apertadas, em no mínimo, quatro pontos: abaixo da junta, abaixo da fractura
acima da junta, acimada fractura
Outro recurso no caso de fractura de perna é amarrar a perna quebrada na outra, desde que sã, tendo o cuidado de colocar entre ambas um lençol ou manta dobrados.

Fracturas expostas

O que fazer:Coloque uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento
Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando uma bandagem forte - gravata, tira de roupa, cinto etc.
No caso de hemorragia grave, siga as instruções da página de hemorragia
Mantenha a vítima deitada
Aplique talas, conforme descrito para as fracturas fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo voltar a sua posição natural
Transporte a vítima somente após imobilizar a parte fraturada
Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, de carro ou de ambulância, tão logo a fratura seja imobilizada.
Não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fractura tenha sido imobilizada, a menos que a vítima se encontre em iminente perigo.

Lesões na coluna vertebral

O que fazer: Ter cuidado no atendimento e no transporte fazendo imobilização correta. Manter a vítima imóvel e devidamente agasalhada. Verifique a respiração e esteja pronto para iniciar o método boca-a-boca, se necessário.

Luxações ou deslocamentos das juntas (braço, ombro)

Observe os sinais: Deslocamento de ossos e juntos do lugar.

Entorses e distensões

O que fazer: Trate como se fosse fracturas. Aplique gelo e compressas frias no local.
Cuidados: O calor aumenta a dor e o inchaço, portanto nada de aplicar nada quente sobre a região afetada.

Ferimentos

Ferimentos Leves ou Superficiais

O que fazer
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS
.

Cuidados
Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.

Ferimentos profundos (caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)

Ferimentos abdominais abertos
Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa húmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.

Ferimentos profundos no tórax
Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça
Procedimentos:
afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.
Não dar de beber ou comer a um ferido. Não será aconselhável se tiver de ser operado. Os alimentos sólidos podem piorar o seu estado.

Ferimentos Perfurantes

O que são:
Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.

O que fazer:
Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho -
Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.

Cuidados:
A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente.

Ferimentos na Cabeça

O que fazer:
Quando se suspeita que existe comoção cerebral (perda de conhecimento durante 1 hora, indisposição e vómitos
- Deverá evitar-se todo o esforço corporal.
- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras.
- Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.
- Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado.
- Deverá recorrer a tratamento médico.

No caso de feridas graves:

- Deverá praticar-se uma atadura protectora de uma eventual lesão traumática.
- Se o ferido tiver perdido o conhecimento deverá ser colocado em posição lateral de segurança (PLS)
- Deverá ser transportado ao hospital de preferência em ambulância.
Nunca se deverá tentar tirar lascas de osso.



Ataduras:
Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:
A região deve estar limpa
Os músculos relaxados
Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex: nos membros superiores, no sentido da mão para o braço
Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida
Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele local.

Electrocução

O que fazer
1. O mais rapidamente possível, fazer cessar a passagem de corrente elétrica através do corpo da vítima:
a)
Cortando a tensão se o aparelho de corte estiver suficientemente acessível.

b) Com os indispensáveis cuidados, provocando um curto-circuito a fim de fazer funcionar os aparelhos de protecção.
c) Afastando os condutores da vítima ou esta daqueles. (O socorrista deve isolar-se para o lado da tensão - com luvas isolantes - e para o lado da terra com um estrado ou tapete de pretecção).

2. Se a vítima estiver inanimada, libertá-la da dentadura ou óculos eventualmente existentes, desapertar-lhe o vestuário e iniciar imediatamente uma técnica de respiração artificial. Pedir a presença de um médico ou transportar a vítima para um posto de socorros mntendo a respiração artificial, mesmo durante o transporte, até que a vítima retome o conhecimento ou o médico tome conta do caso.
a) Se a vítima se encontrava suspensa pelo cinto de segurança no momento do acidente (sobre um apoio de linha aérea, por exemplo) o socorrista deve executar uma dezena de insuflações boca a boca antes de iniciar a descida e a meio desta.
b) No momento da reanimação a vítima pode apresentar movimentos convulsivos e tornar a perder o conhecimento. Nesse caso é necessário retomar a respiração artificial.
c) Não dar qualquer bebida à vítima enquanto estiver inanimada. Depois de reanimada não lhe dar qualquer bebida alcoolica mesmo que ela o peça.

d) Evitar o arrefecimento da vítima tapando-a com uma manta.
e) Se a vítima além de inanimada não tem pulso, fazer além de respiração artificial massagem cardíaca externa (2 soorristas) ou 15 compressões do coração seguidas de 4 insuflações de ar (1 socorrista).

3. Se a tensão causadora do choque fôr superior a 500 V e a vítima perdeu o conhecimento deve proceder-se inicialmente como se disse.
a) Dar-lhe de beber uma solução de 1 colher de café de bicarbonato de sódio em 3 decilitros de água.
b) Transportar a vítima para o hospital mais próximo e tentar recolher as urinas que eventualmente surjam durante o transporte para posterior análise.

4. Se a vítima apresentar queimaduras, não aplicar quaisquer drogas de ocasião. Desembaraça-las de eventuais corpos estranhos e protegê-las com gase esterelizada. A
cção mais completa deverá ser tomada por pessoal médico habilitado.Informe o hospital sobre o período de tempo que a vítima esteve em contacto com a fonte de energia eléctrica..

Asfixia

Se o objeto está preso no nariz
1. Peça para que a pessoa respire pela boca.
2. Observe a localização do objeto. Se ele não tiver sido introduzido até o fundo, tente pressionar a base do nariz (no alto, próximo aos olhos) e empurrar o objeto para baixo.

3. Se isso não funcionar ou o objeto estiver alojado no fundo, procure socorro médico. Não tente forçar: você pode machucar a pessoa ou, pior, pressionar o objeto ainda mais para dentro.

Se a pessoa engasgou e respira sem dificuldades
1. Espere a pessoa tossir. A própria pressão do ar pode expulsar a comida para fora.

2. Você pode ajudar a expelir o objeto dando tapas nas costas da pessoa: coloque-se atrás dela e faça a pessoa se curvar para frente. Dê algumas pancadas no alto das costas entre as omoplatas. Cuidado com a força aplicada. No caso de crianças as pancadas deverão ser ligeiras.

3. Uma manobra de compressão também pode ajudar. Coloque-se por trás e junte suas mãos entre a cintura e fim das costelas do engasgado. Aplique pressão rápida e seguidamente.

4. Não tente virar a pessoa de cabeça para baixo para forçar a saída do objeto (uma bala engolida por uma criança, por exemplo). Isso pode piorar o engasgo, especialmente se ocorrer vômito.

Se a pessoa engasgou e não consegue respirar
1. Observe se a vítima começa a sentir falta de ar. Ela ficará desesperada e começará a ficar roxa. Se isso acontecer, o caso é grave, pois o objeto está obstruindo a passagem de ar.

2. Se o objeto for pontiagudo, não se deve fazer nada: apenas procurar socorro médico imediato.

3. Em outro caso, a solução é provocar o vômito, forçando com isso a saída do objeto. Isto é conseguido colocando seu dedo na garganta da vítima.

4. Se isso não funcionar, procure socorro médico imediato.

5. A dificuldade em respirar pode causar parada respiratória e desmaio. Tente fazer a respiração boca-a-boca, que pode forçar a movimentação do objeto e permitir que o ar volte a circular.

Alcoolismo

Sinais e sintomas
Agitação psicomotora, espasmos musculares (contrações) ou não, salivação intensa ("bába"), perda dos sentidos , relaxamento dos esfíncteres, podendo urinar e evacuar, durante a convulsão.


O que fazer
1 - Afastar objetos do chão que possam causar lesões ou fraturas
2 - Afastar os curiosos, dar espaço para a vítima
3 - Proteger a cabeça da vítima com a mão, roupa, travesseiro, etc,
4 - Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra , evitando com isso que venha a se afogar
5 - Não imobilizar membros (braços e pernas), deixá-los livres
6 - Afrouxar roupas
7 - Observar se a respiração está adequada, se não há obstrução das vias aéreas
8 - Não tracionar a língua ou colocar objetos na boca para segurar a língua (tipo colher, caneta, madeira, dedos, etc.)
9 - Ao lateralizar a cabeça, a língua lateralizou-se também, liberando a passagem do ar.
10 - Limpar as secreções salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respiração
11 - Após passar a convulsão, se a vítima quiser dormir, deixe-a descansar, enquanto aguarda o socorro.
12 - Não medique a vítima, mesmo que ela tenha os medicamentos. Os reflexos não estão totalmente recuperados, e ela pode se afogar ao engolir o comprimido e a água.
13 - Se a convulsão for provocada por febre alta (geralmente em crianças), atenda da mesma maneira como descrito no atendimento e dê-lhe um banho com água morna de chuveiro, vista-a com roupas leves e providencie a atendimento médico.
14 - Se a convulsão for provocada por acidente ou atropelamento, não retire-a do local, atenda-a e aguarde a chegada do socorro médico. É grave e tem risco de vida, se for transportada inadequadamente, pode morrer.

Cuidados
Não discuta com o doente, não seja áspero ou autoritário. Não segure o doente, salvo para impedi-lo de ferir-se ou outrem.

Afogamento

Sinais e sintomas
Agitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória, parada cardiaca.

O que fazer

1 - Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d’água
2 - Procurar retirar os objectos estranhos que possam estar na boca e Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA, ainda com a vitima dentro d’água.
3 - Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água;
4 - INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se necessário
5 - EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas
6 - Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação
7 - Remova IMEDIATAMENTE a vitima para o SERVIÇO DE SALVAMENTO ou o hospital mais próximo.

Advertência
Se a pessoa que se afogar conservar o conhecimento, corre-se o perigo de se deixar dominar pelo pânico e arrastar o socorrista.
O melhor será atirar-lhe alguma coisa a que possa agarrar-se, por exemplo, um remo.Em caso contrário, segura-se a cabeça por trás e puxa-se pelas costas até terra.

Explicação científica
Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.

No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devido o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo. A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente) causando várias complicações no corpo, como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).

Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2. Soma-se também aesses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda uma constriçãodos vasos sanguíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada. Tal coloração é chamada de cianose.

A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como: aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) - dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente - e destruição das hemáceas. Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos.

Acidente de Trânsito

Procedimentos que o socorrista deverá seguir aquando de um acidente de viação:

1 - Parar imediatamente.

2 - Tomar medidas adequadas a evitar novos acidentes: utilização do triângulo de pré-sinalização de perigo e das luzes de emergência.

3 - Comunicar, através do número nacional de emergência - 190, com a G.N.R. ou a Polícia e, havendo feridos, solicitar a presença de ambulância.

4 - Não deslocar os feridos, não puxar pelos seus membros, não lhes dar de beber (água ou álcool), não lhes retirar o capacete, não os deixar expostos ao frio ou intempéries.

5 - Deverão existir cuidados com a proximidade de combustível, ácido de bateria e fragmentos de vidros.

6 - Dever-se-á tentar retirar a vítima do carro desligando a viatura, libertando o cinto de segurança. Pegar na vítima por trás (pela roupa e pelos antebraços) e retirá-la do carro amparando sempre a cabeça de forma a não agravar lesões cervicais se fôr o caso.
Em caso de paragem respiratória deverá praticar-se imediatamente ao ferido a respiração artificial boca a boca.

terça-feira, 22 de abril de 2008

1 º TORNEIO U.T.A.M INTER-EQUIPES DE ARTES MARCIAIS

Será realizado no dia 18 de Maio as 10:00 horas na Academia Corphus , localizada a Avenida Martins Junior, nº 01 - Jardim Bela Vista - Guarulhos, proximidade do Atacadão da Avenida Otavio Braga de Mesquita, o 1º Torneio envolvendo as equipes associadas a U.T.A.M, não deixem de prestigiar o Evento.

EXAME DE GRADUAÇÃO ABRIL/2008

LISTA DE APROVADOS : MODALIDADE KICK BOXING E FULL CONTACT

EQUIPE STAR

EVANIRA F. NOBREGA G. SILVA - APROVADA - FAIXA AMARELA

FERNANDO F. SOUZA - APROVADO - FAIXA AMARELA

GUILHERME GONÇALVES - APROVADO - FAIXA AMARELA

JOELSON A. DOS SANTOS - APROVADO - FAIXA AMARELA

MATHEUS N. GOMES SILVA - APROVADO - FAIXA AMARELA PONTA VERDE

SERGIO L. GOMES DA SILVA - APROVADO - FAIXA AMARELA PONTA VERDE

TAUANE C. PINHEIRO - APROVADA - FAIXA VERDE




quinta-feira, 17 de abril de 2008

Hapki-Do

O Hapkidô ou Hapkido é uma arte marcial coreana especializada em defesa pessoal, e aprendizado de técnicas de socos, chutes, rolamentos, escapes, esquivas e torções, além de englobar técnicas com armas diversas como bastões, espadas, bengalas, facas, leques, e também ensinar seus praticantes a auto defesa com praticamente qualquer objeto.

História

No início dos tempos as artes marciais já eram praticadas não só pelo exercício físico dos monges, mas para que determinados povos lutassem por seus objetivos. Dessa mesma forma, numa época passada, o país que hoje conhecemos por Coréia, era dividido em três reinos: Silla, Koguryo e Paekche.

Dentro dos conflitos decorrentes destes três reinos, todos tinham em comum a prática das Artes Marciais. Essas Artes continuaram sendo treinadas e desenvolvidas até os dias de hoje, sofrendo grande influência de países vizinhos como China e Japão.

Uma das pessoas que teve grande influência no desenvolvimento das Artes Marciais coreanas foi Yong Sul Choi. Nascido em 1904 em Chung Buk Coréia, órfão com poucos anos de idade, foi levado ao Japão e adotado como aluno por um dos maiores Mestres daquele país na época: Sokaku Takeda.

Takeda era o grande Mestre do estilo Daito Ryu Aikijujutsu (praticado, conduzido e difundido até hoje, pela família Takeda). Esse estilo contribuiu também para o desenvolvimento de outra Arte Marcial japonesa, o Aikido. Após mais de 30 anos de treinamento, Choi decide retornar a sua pátria levando em sua bagagem todo seu aprendizado.

Assim, com toda estrutura já existente dos estilos coreanos, tendo sempre chutes como forte característica, mais o arsenal de Yong Sul Choi, nomes de estilos vão surgindo como Hapkikwonsul, Yusul e finalmente HAPKIDO.

Existem linhas divergentes quando se pergunta quem foi o fundador do Hapkido. Alguns atribuem a Yong Sul Choi' e outros a Ji Han Jae . É importante dizer que Choi foi professor de Ji. Porém podemos observar a situação de diferentes ângulos . O maior estudioso de Artes Marciais Coreanas, Dr. Kimm He-Young, após anos de pesquisa nos diz o seguinte:

"Podemos aceitar as duas posições dizendo que Choi acendeu o palito de fósforo, mas quem fez a fogueira foi JI".

É necessário acrescentar que a maioria dos estilos de Arte Marcial existentes foram denominados nesse século.


Difusão

Alguns professores coreanos chegaram aos Estados Unidos no começo da década de 60 para ensinar o Hapkido. Entretanto, o Hapkido teve seu primeiro grande contato com o Ocidente no momento em que a Korea Hapkido Association enviou quinze de seus membros a Guerra do Vietnã para uma demonstração à tropas coreanas, americanas e vietnamitas do sul.

Diante desse contato, professores coreanos como Mestre Lim (BA) que formou o primeiro faixa preta na Bahia "Ricardo Nery", chegaram ao Brasil no final da década de 60. Contudo o sistema coreano introduzido na Bahia foi o KUK SOO WON, uma outra arte marcial criada pelo Mestre In Hyuk Suh que havia treinado o Hapkido. Logo após Mestre Kang Byung Hak chegou em São Paulo.Chegou também em 1977, o grão-mestre Yun Sik Kim representante da escola BUM MOO HAPKIDO. Alguns praticantes continuam trabalhando com o estilo dos Mestres citados, embora estes não dêm supervisão integral, com exceção do grão-mestre Yun Sik KIm que dá aulas pessoalmente no bairro do Bom Retiro - São Paulo. Em 1971 chega oficialmente em São Paulo o Mestre Park Sung Jae, representando a Korea Hapkido Association.

Ele foi trazido especialmente para dar aulas ao exército brasileiro, tendo iniciado seu trabalho no 2o GCAM90 Quitaúna. Alguns faixas pretas formados nessa época continuam treinando, ensinando ou supervisionando o trabalho de Mestre Park. Ele ainda teve passagem pelo Círculo Militar de São Paulo e várias academias na capital paulista.

Em 1978 o Mestre Park Kyu Jae vem ao nosso país com a missão de continuar o trabalho de seu irmão, com um estilo mais suave e mais circular. No ano de 1977 como já dissemos chega o Grão-mestre Yun Sik Kim - faixa -preta 10 dan de Hapkido e 9 dan em Taekwondo, trazendo para o Brasil o Hapkido estilo Bum Moo world.O número de praticantes no Brasil vem crescendo bastante com destaque especial para São Paulo. Hoje o Grão Mestre Yun Sik Kim 10º DAN de Hapkido, está situado em São Paulo com endereço na RUA DA GRAÇA, 89 - 4º ANDAR - BOM RETIRO - SÃO PAULO - SP onde também funciona a Sede da CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE HAPKIDO e da Federação de Hapkido do Estado de São Paulo e ainda a ASSOCIAÇÃO KIM DE HAPKIDO E TAEKWONDO. O Grão-Mestre Kim tem alunos espalhados em vários países e em vários Estados brasileiro, a exemplo da Bahia onde tem na figura do seu aluno, faixa-preta 4 dan, Sabunim Cláudio Xavier, o representante oficial da Confederação Brasileira de Hapkido e também presidente da Federação Baiana de Hapkido defendendo os interesse do sistema BUM MOO em solo baiano. A sub-sede da Confederação Brasileira de Hapkido se encontra em Osasco, aos cuidados do mestre Norberto Serrano Jr. 5º DAN de Hapkido e 5º DAN de Taekwondo, fundador da Associação Brasileira de Lutas Free-Style, duas vezes campeão mundial de Hapkido e vice-presidente da Confederação Brasileira de Hapkido. Sua academia de 3 andares dedicados exclusivamente à prática do Hapkido "Bum Moo Kwan", recebe um grande número de alunos da região e regularmente, visitas do grão mestre Yun Sik Kim para exames de faixa dos lutadores e supervisão. Isso se deve ao trabalho desenvolvido e as bem sucedidas representações de praticantes em campeonatos internacionais.

Graus de aperfeiçoamento estilo Semokwan

Oberdan Alvarez, presidente da Federação do Rio de Janeiro, GM.Ko Ju Sik, e GM.Sérgio Fernandes, no Seminário internacional de Guaxupé-MG
Oberdan Alvarez, presidente da Federação do Rio de Janeiro, GM.Ko Ju Sik, e GM.Sérgio Fernandes, no Seminário internacional de Guaxupé-MG

A caminhada do praticante dentro do hapkido é divida inicialmente em Gubs e em seguida em Dans. Cada Gub corresponde a uma faixa colorida que o hapkidoista amarra na cintura, por sobre o dobok, a vestimenta característica dessa arte marcial. Lembrando que, dependendo do estilo praticado, as faixas podem adotar certas mudanças no grau de habilidade requerido ou cores.

  • Branca (10º Gub)
  • Amarela (9º Gub)
  • Amarela I (8º Gub)
  • Verde (7º Gub)
  • Verde I (6º Gub)
  • Azul (5º Gub)
  • Azul I (4º Gub)
  • Vermelha (3º Gub)
  • Vermelha I (2º Gub)
  • Vermelha II (1º Gub)
  • Preta (1º Dan) (Jo kyo Nim) - Instrutor
  • Preta (2º Dan) (Kyo sa Nim) - Professor
  • Preta (3º Dan) (Kyobu Nim) - Professor
  • Preta (4º Dan) (Sabum Nim) - Mestre
  • Preta (5º Dan) (Bumsan Nim) - Mestre
  • Preta (6º Dan) (Chongsa Nim) - Grão-Mestre
  • Preta (7º Dan) (Do bum Nim) - Grão-Mestre
  • Preta (8º Dan) (Do kam Nim) - Grão-Mestre
  • Preta (9º Dan) (Do sum Nim) - Grão-Mestre
  • Preta (10º Dan) (Do sa Nim) - Grão-Mestre

Exemplo: Vermelha I é uma faixa vermelha com uma fita preta por toda sua extensão e a Vermelha II tem duas fitas pretas, sendo que as fitas dentro da faixa atual mostra a côr da próxima faixa do praticante.

A partir daí, o praticante chega aos Dans, cujos sinais exteriores limitam-se à presença não-obrigatória de pequenos traços perpendiculares na faixa preta, indicando 1º Dan, 2º Dan etc, até o 10º Dan.

A Semokwan

A Semokwan foi fundada pelo Grão-Mestre Sérgio Fernandes, atualmente, 6º Dan em Hapkido, 5º Dan em Hankido, 5º Dan em Hankumdo além de ser também mestre 4º Dan em Taekwondo.

O Grão-Mestre Sérgio Fernandes é aluno direto do Grão Mestre Ko Ju Sik atual diretor técnico da IHF, o qual é 9º dan em Hapkido, Hankido e Hankumdo além de ser também 8º dan em Taekwondo e 9º Dan em KickBox. Dado ao Seu trabalho sério no Hapkido-Hankido-Hankumdo, se tornou o único brasileiro a conseguir a cobiçada licença para representar a International H.K.D. Federation em seu país natal, onde fundou a Confederação Brasileira de Hapkido-Hankido-Hankumdo - Semokwan, único órgão brasileiro destas artes marciais reconhecido pela IHF no Brasil, conforme afirmou pessoalmente o Diretor técnico daquela entidade Grão Mestre Ko Ju Sik no épico seminário realizado na cidade de Guaxupé, estado de Minas Gerais, em 2006.

O Grão Mestre Sérgio Fernandes é também o representante oficial da International H.K.D. Federation no Japão, país onde atualmente reside.


Full Contact

O Full Contact ou Full-Contact foi criado nos anos 70, nos Estados Unidos. É uma mistura de várias artes marciais, associadas as luvas e os golpes do Boxe aos chutes do Karate. Enquanto o Karate, o Kung Fu e o Taekwondo, quando praticados como desporto, evitam o contato físico, no full contact os golpes são muito fortes. Por isso, os seus praticantes usam luvas, capacete, botas e outros acessórios de proteção.

O Full Contact teve sua origem através das técnicas de boxe e karate. Surgiu em Nova Iorque, na década de 70. Essa arte foi criada com o anseio de mais expressão dente as artes marciais. Este sistema de combate tomou corpo pós uma série de escândalos envolvendo o campeão mundial de karate Dominique Vallera em Long Beach, no mundial de karate de 1975, quando o mesmo fez porta bandeira do Full Contact. Hoje, o Full Contact é um estilo do Kickboxing organizado por entidades de pugilismo mundial, como exemplo a ISKA (International Sport Kickboxing Associaton) e WAKO (World Associaton Kickboxing Organization). O Brasil tem alguns dos maiores lutadores de Full Contact do mundo, como Sérgio Batarelli, Nilton Nascimento, Isaul Soares Torrão, Paulo Zorello, Alessandro Gatto , Luiz Augusto Alvarenga , entre outros.

Evolução do Full-contact ao Ultimate Full-contact

Historia e evolução do Full-contact ao Ultimate Full-contact (Free-Fight, Vale Tudo, MMA, Cage Fight, Pankration / Pancrase, Extreme Fight, Shooto...)

O Full-contact surge no inicio dos anos 70 promovido pela PKA (Professional Karate Association), como primeira forma híbrida de competição entre diversos estilos de Artes Marciais permitindo o uso das técnicas de pernas das artes marciais (Taekwondo, Karate...) juntamente com as técnicas de punhos do boxe. Nos anos 80 surge um novo estilo de kickboxing promovido pela WKA, o kickboxing low kick por influencia do Muay Thai. Na década de 90 surgem as competições de Ultimate Full Contact (UFC, PRIDE...) com regras mais amplas permitindo também o uso das técnicas de Submission Grappling (Jiu-jitsu, Sambo...) e wrestling; o Ultimate Full Contact é uma competição completa onde são permitidos todos os recursos lutando-se de pé ou no chão usando as técnicas mais eficazes de todas as distâncias de combate, técnicas estas executadas com contacto total (FULL-CONTACT) tornando-o um desporto de combate difícil e exigente mas impressionante e espectacular, pois é bastante dinâmico, exigindo muita resistência, concentração inteligência e astúcia dada a sua complexidade e duração (realizado com rounds longos ou sem limite de tempo) sendo o resultado aos pontos, por submissão ou KO.

Full-contact em Portugal

O FULL-CONTACT tem origem em Portugal no inicio dos Anos 70, nomeadamente na zona dos Olivais e Sacavém por acção de vários lutadores e mestres de Artes Marciais como:

Francisco Gouveia (aluno do Dr. Pires Martins e Mestre Tetsuji Murakami) é Mestre de Full-contact – Karate e Boxe Americano, organizador do 1º Estágio em Portugal de Full-contact ministrado por Dominique Valerá), em 1976 Gouveia faz parte da equipa de D. Valerá; trava uma série de combates internacionais ao lado dos melhores profissionais da época e faz diligências no sentido de formar a Federação Portuguesa de Full-Contact; Ruy de Mendonça (Mestre de Artes Marciais, fundador da C. I. de Boxe Americano de Portugal e editor da 1º revista sobre as Artes Marciais, divulgando o Full-Contact);

José Pratas (aluno e colega de Francisco Gouveia, Mestre e Lutador Nacional e Internacional de Full-contact, à data participou em Estágios e Campeonatos de Boxe Americano em França - Pratas é o grande Campeão das primeiras Galas nacionais de Full-Contact Profissional promovidas por Francisco Gouveia e Ruy de Mendonça); Detentor do combate mais rádpido nesta modalidade, de 18 segundos, contra Carlos Ramjanali, num combate para o Campeonato Ibérico da modalidade. Actualmente treina em Sacavém na Cooperativa "A Sacavenense".

João Loio aluno do Mestre Sul Coreano Chung Sun Yong (fundador do TKD em Portugal), Cinto negro de Taekwon-do; em meados dos anos 70, detinha já várias internacionalizações nomeadamente em Espanha e no Brasil; João Loio funda o terceiro clube de Full-contact em Portugal “Boxe Americano Loios Team” em Sacavém, onde se juntavam para treinos vários pioneiros do Full-contact e donde surgiram os grandes campeões da época;

Fernando Elvas (Mestre e Lutador Nacional e Internacional de Full-contact – Boxe Americano, à data realizou combates em Espanha e iniciou em Portugal contactos com a PKA - Profissional Karate Association - USA, faz parte da Comissão Instaladora do Boxe Americano);

Fernando Loio [1], aluno do Mestre Sul Coreano Chung Sun Yong(fundador do TKD em Portugal), Cinto negro de Taekwon-do, praticante de boxe e aluno do Mestre Ferraz no Sporting Clube de Portugal; um dos primeiros portugueses a iniciar a prática do Muay Thai no inicio dos anos 80, frequentando estágios com Juan C. Ruiz; em meados dos anos 70, detinha já várias internacionalizações nomeadamente em Espanha e no Brasil; Fernando Loio inicia em 1984 contactos com a WKA - World Karate Association no USA com Howard Hanson, Benny Urquidez e na Holanda com Fred Royers; promove encontros, treinos e combates de Full-Contact em Sacavém, expandindo-se rapidamente pelo resto do país; Mestre e Lutador Nacional/Internacional de Full-contact, Taekwon-do, Boxe Americano e Pancrácio; sagra-se campeão nacional de Taekwon-do pela primeira vez em 1977 e de Full-Contact em 1981; campeão Ibérico de Taekwon-do em 1986 e em 1992 de Full-Contact; campeão europeu de Full-Contact em 1997; campeão europeu de Pancrase em 1999 e campeão mundial de Ultimate Full-Contact / Pancrace / Vale Tudo / Free-Fight em 1999, 2000 e 2001; assegurando as representações das federações internacionais: WUFC, IKF, WKU, ISKA, WPKA, WKL, ITKBA, WKC, UIPDA, PLP, IVC, EFP, WVTF, GBMA e IFMA-FF. Actualmente Fernando Loio é presidente da Federação Portuguesa de Full contacte coordenador mundial da WUFC World Ultimate Full Contact

Entretanto algumas Associações de Artes Marciais existentes, adoptam a prática do FULL-CONTACT e são formadas várias Associações de FULL-CONTACT, onde algumas se viraram exclusivamente para a prática do Kick Boxing, ficando desde 1987 a Associação Full-Contact de Viseu e a Associação Loios Taekwondo de Portugal a trabalhar com o FULL-CONTACT em todos os seus estilos de Combate, que em colaboração com o Mestre Fernando Loio, são pioneiras em Portugal e responsáveis pela introdução do estilo ULTIMATE FULL-CONTACT / Pancrácio Moderno / Tradicional, Vale Tudo e Free-Fight; promovendo e organizando regularmente Campeonatos / Galas Nacionais e Internacionais com Disputa de Títulos Nacionais, Europeus e Mundiais, levando atletas a competir no estrangeiro e realizando estágios e cursos de formação, colaborando e representando em Portugal as Federações Mundiais promotoras do FULL-CONTACT nos seus diversos estilos de luta, dando origem em 1997 à formação da Federação Portuguesa de Pankration, Freefight, Full-contact, depois abreviada para: FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FULL-CONTACT

Categorias

  • Supermosca: menos de 57 kg
  • Ligeiro: de 57 a 63 kg
  • Superligeiro: de 64 a 69 kg
  • Meio-médio: de 70 a 75 kg
  • Médio: de 76 a 79 kg
  • Médio-pesado: de 80 a 84 kg
  • Pesado: de 85 a 90 kg
  • Superpesado: mais de 91 kg

As faixas

A graduação utilizada pela Confederação Brasileira de Kickboxing é: branca, amarela, laranja, verde, azul, marrom e preta. Váriavel conforme Federação ou Equipe.


 
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